As dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita, nomeadamente a Dislexia, têm vindo a ser muito investigadas por vários profissionais de saúde e educação. Na presente newsletter, trataremos a Dislexia por “tu”, considerando o olhar de uma Terapeuta da Fala, com experiência e formação especializada a aprofundada na área.
Dislexia: Quem és TU?
A Dislexia é uma Perturbação Específica da Aprendizagem (DSM-V), com défice na leitura e, geralmente, também na escrita, caraterizada pela existência de dificuldades ao nível do processamento fonológico (consciência fonológica, acesso lexical e memória fonológica) e, por vezes, também no processamento visual. Estas dificuldades são discrepantes face à educação convencional, ao potencial intelectual, às oportunidades socioculturais e às capacidades auditivas e visuais da criança.
Ler de forma precisa e fluente e, especialmente, compreender o que se lê é um enorme desafio para crianças com Dislexia.
Dislexia: De onde vens TU?
A Dislexia apresenta uma
etiologia multifatorial, encontrando-se associada a fatores neurobiológicos: genéticos/hereditários, neurológicos e/ou neurocognitivos. Estudos realizados identificaram um conjunto de cromossomas e genes associados à Dislexia, assim como alterações na funcionalidade das áreas cerebrais responsáveis pela leitura em crianças com Dislexia. A forma como o cérebro de uma criança com Dislexia codifica, representa e processa a informação linguística é diferente.
Dislexia: Como é que TU te manifestas?
Em Idade Pré-Escolar:
Em Idade Escolar:
Dislexia: Que prevalência tens TU?
Estima-se que a Dislexia afeta 5% a 10% das crianças em idade escolar. Isto significa que uma a duas crianças em cada vinte apresenta Dislexia, mais ou menos grave. É, então, um problema escolar grave, atual e frequente.
Dislexia: Que impacto TU tens?
As competências de leitura e escrita são uma base fundamental para todas as restantes aprendizagens. Desta forma, uma criança com dificuldades a este nível, inevitavelmente, apresentará lacunas em todas as disciplinas, variáveis consoante o nível de gravidade. A Dislexia, geralmente, revela-se então um obstáculo à aprendizagem e sucesso escolar.
A par, a Dislexia tende também a acarretar consequências negativas e significativas no comportamento e no desenvolvimento emocional da criança. Evidenciam-se, com frequência, sentimentos de tristeza, ansiedade, vergonha, insegurança, incapacidade, inferioridade, frustração e baixa autoestima. Por vezes, surge o desinteresse e a desmotivação pela aprendizagem, a resistência em ir à escola, comportamentos de oposição, perturbações do sono, enurese noturna, entre outros.
Dislexia: Como e quando é que TU deves ser avaliada e diagnosticada?
No consultório Espaço Crescer esta avaliação traduz-se num procedimento de diagnóstico completo para que se possa desmistificar a natureza das dificuldades existentes e, assim, realizar o diagnóstico diferencial. É realizada por uma equipa multidisciplinar, composta por uma Psicóloga Clínica e uma Terapeuta da Fala, com experiência e especialização na área.
O diagnóstico formal apenas poderá ser concluído após o final do 2º ano de escolaridade e os oito anos de idade, altura em que finda o processo de maturação neurológica e, a nível escolar, o ensino formal da leitura e da escrita. No entanto, as dificuldades de leitura e/ou escrita deverão ser valorizadas e exploradas assim que identificadas. Mesmo com o diagnóstico pendente, a intervenção deve iniciar-se o mais precocemente possível, no sentido de melhorar o prognóstico.
Jovens e adultos, não sinalizados anteriormente, que manifestem sinais de alerta, também poderão realizar uma Avaliação, em qualquer momento.
Dislexia: Como deves TU ser intervencionada?
A intervenção deverá ser realizada por um
Terapeuta da Fala com experiência e especialização na área, individualmente com a criança. Com base nos resultados da avaliação, é delineado um
plano de intervenção específico. As
consultas de intervenção
têm como objetivo reeducar, desenvolver e otimizar as áreas lacunares, com recurso a
metodologias, técnicas e estratégias específicas. Geralmente o processo é longo e, especialmente no início, requer
consultas frequentes, embora dependa da gravidade de cada caso. A par da intervenção direta, considera-se fundamental a existência de uma comunicação e articulação eficazes com a família e a escola. Em conjunto, são ponderadas as
Medidas de Suporte à Aprendizagem necessárias e mais adequadas à criança.
Dislexia: Que prognóstico TU tens?
As dificuldades decorrentes da Dislexia são permanentes. Podem melhorar significativamente se a intervenção for atempada e regular, mas a criança não conseguirá superar as suas dificuldades totalmente. A Associação Portuguesa de Dislexia indica que “com uma intervenção precoce conseguem-se ultrapassar cerca de 90% das dificuldades”, mas quando adiamos a intervenção, esta percentagem diminui notoriamente.
Mais tarde, na adolescência e na idade adulta, a intervenção também é concretizável, mas o prognóstico é mais reservado.
Dislexia: TU sabias que... existem vários famosos com Dislexia?
Thomas Edison, Beethoven, Albert Einstein, Leonardo da Vinci, Walt Disney, Van Gogh, Tom Cruise, Mozart, Bill Gates…
A Dislexia não tem de definir o futuro de ninguém!
Procure
ajuda especializada, pois uma
identificação precoce, assim como uma
intervenção adequada, trará
benefícios cruciais à criança!
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2865-061 Fernão Ferro
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