Concebemos a ansiedade como um estado emocional que constitui uma reacção a uma situação esperada, que desperta a existência simultânea de desejo e de medo.
Este estado emocional pode expressar-se de formas e intensidades muito variadas, todas desconfortáveis:
- Pensamentos negativos repetitivos;
- Perturbações do sono;
- Necessidade em isolar-se de pessoas;
- Preocupação excessiva com a saúde;
- Dificuldade em manter-se atento e concentrado;
- Medos aparentemente irracionais e excessivos face a determinadas situações;
- Sensação de aflição e angústia;
- Sensações físicas de aperto no peito, sintomas gastrointestinais, falta de ar, taquicardia, sudorese, perda ou aumento de apetite, entre outros.
O desconforto sentido tem uma função. A ansiedade serve para nos avisar que existem em nós necessidades emocionais por satisfazer, como a fome que nos indica que o nosso corpo precisa de nutrientes, por exemplo.
É verdade que é desagradável de se sentir, mas é uma sensação desconfortável que comporta sempre a sua função: a de nos informar que existe algo importante que temos para resolver, de modo a assegurar o nosso bem-estar.
Por outro lado, os ataques de pânico são uma forma que a nossa mente encontra de se expressar para nos alertar para o que precisa de ser resolvido, quando não o conseguimos perceber de outra forma, depois de outros sintomas de ansiedade já nos terem surgido e tentado comunicar.
Podemos dizer que os ataques de pânico são como alguém que arromba a porta, depois tocar à campainha durante muito tempo, sem que ninguém a ouvisse. Por isso, quando acontecem, podemos não conseguir identificar qual a sua origem e função, mas já não nos é possível ignorar que o nosso bem-estar pode estar comprometido.